sábado, 5 de dezembro de 2009

Pixel e o Picadeiro

Bah! Achei alguns vídeos muito bons sobre a relação entre o circo e a mídia.Ele é dividido em 2 partes, postarei o link e após será feita uma análise desse vídeo que na verdade é um documentário sobre o desenvolvimento do circo na sociedade atual. Nessa postagem será feita a análise da primeira parte do vídeo, na outra postagem, a segunda parte.

LINK DA PRIMEIRA PARTE:
http://www.youtube.com/watch?v=LkQdzthcmzI&feature=player_embedded

ANÁLISE DO VÍDEO:
Com o desenvolvimento do sistema capitalista, a sociedade sofreu uma grande evolução em todos os sentidos, principalmente na área tecnológica. A tecnologia proporcionou que fossem criados vários meios de comunicação, assim como mais variadas formas de diversão e lazer para as pessoas. É partindo desse princípio que foi feito esse documentário que mostra as diferentes transformações do meio circense. O documentário mostra quadro diferentes estruturas de circo e a maneira como eles fazem para tentar manter essa arte cultiva a muitos anos.
Primeiramente mostra o depoimento de artistas circenses que falam das dificuldades de manter o circo pois as pessoas muitas vezes utilizam outras formas de entretenimento como, DVDs, internet, televisão, video games, deixando de lado a área mais cultural como teatro, cinema e circo. Isso mostra que as pessoas estão mais ligadas nas questões das mídias, do que as maneiras de se expressarem corporalmente, como se isso fosse uma negação à cultura circense. Dentro dessa perpectiva entra também a questão da dificuldade que os circos têm em entrar em algumas cidades por conta da exigência feita por prefeituras, vigilância sanitária e bombeiros o que dificulta ainda mais manter o circo.
E ao chegar nas cidades utilizam os meios midiáticos para divulgarem seu trabalho. Ao firmarem compromisso com a prefeitura de determinada cidade, já utilizam a internet para divulgação através de blogs e sites de relacionamento para que as pessoas já se programem para que compareçam nas apresentações. Há uma certa dificuldade em divulgar o espetáculo através da televisão justamente por ser um meio de custo muito alto por isso, a divulgação é maior pela internet e além do mais, segundo pesquisas, é o meio de comunicação que jovens e crianças mais utilizam.
Há uma outra maneira que a mídia ajuda na arte circense, que é a facilidade de comunicação com outros artistas circenses e assim, é possível criar novos números para os espetáculos com base em comunicação com artistas de todas as partes do mundo através de vídeos e músicas propícias para cada apresentação, buscando sempre trazer inovação para os espectadores.

domingo, 29 de novembro de 2009

Histórico para entendermos mais a evolução:

Segundo Bortoleto*, "Não existe circo único. Ele foi e sempre será uma arte de múltiplas origens e influências presentes em quase todas as culturas".
Com base nessa afirmação, é possível trazer alguns dados pesquisados nas diferentes culturas que cultivaram o circo e a arte circense. Como exemplo, as atividades circenses já haviam na Grécia, onde acrobatas se apresentavam nas Olimpíadas da Antiguidade e também há registros de jogos de malabares praticados no Egito Antigo. Já em Roma haviam apresentações e exibições de diversas atrações, haviam teatros, lutas de gladiadores, exibições de animais estranhos. Os espectadores eram cidadãos ricos que homenageavam os mortos, as vitórias militares e até mesmo em honra aos deuses. Há 300 anos, na China já existiam artistas que se contorciam e equilibravam objetos entretendo imperadores e visitantes estrangeiros. No século 5, no fim do Império Romano e início da Idade Média, trupes de mímicos, ilusionistas, equilibristas começaram a fazer apresentações em feiras e praças pela Europa, ganhavam a vida com contribuições de espectadores. Então só no século 18, Philip Astley (que era adestrador de cavalos) percebeu que as pessoas pagariam para ver esses espetáculos teve a idéia de criar uma pequena arena para as apresentações que fazia com seus cavalos, convocou mais artistas para participarem. Eis que surgiu o CIRCO.
OBS: O formato redondo do picadeiro se deve após Philip perceber que era mais fácil andar de pé em cima do cavalo a galope em círculo, devido a força centrífuga.

*BORTOLETO, Marco Antônio. É doutor em Educação Física e pesquisador de artes circenses da Universidade Federal de Campinas.


XI CBMC

Depois de algum tempo resolvi voltar e publicar mais coisas...
Há exatamente um mês experienciei uma vida de artista circense por alguns dias. Participei da XI Convenção Brasileira de Malabares e Circo que aconteceu na cidade de Piracaia (SP), esse evento durou quase uma semana (contando com a longa viagem do RS para SP) e reuniu aproximadamente 300 pessoas, todas envolvidas nesse mundo circense. Lá conheci muita gente, e muita coisa nova que me fez pensar melhor sobre a vida e principalmente sobre as futuras publicações do blog.

Parabéns aos organizadores do evento e as pessoas que conheci, que me ajudaram lá com o conhecimento na área circense.
(foto do último dia: da lona da convenção com lua cheia ao fundo)

sábado, 17 de outubro de 2009

Definições (Arte Circense e Capitalismo)

E aí gurizada!
Resolvi iniciar o "estudo" com algumas explicações da Arte Circense e do Capitalismo e depois disso, a cada dia, ou semana (dependendo da minha disponibilidade) tratarei de um dos blocos que compõe as artes circenses fazendo um resgate histórico do que mudou ou não no decorrer da evolução tecnológica da sociedade.

As atividades circenses surgiram na Grécia e com base em estudos feitos, essa arte dividiu-se em quatro grandes blocos, os de interpretação (constituída de palhaços e atividades teatrais), o de acrobacias (ginástica, parada de mão, acrobacia de solo), o de atividades aéreas (trapézio, tecido, báscula) e de atividades de manipulação de objetos (malabares, ioiô, diabolôs, devil stick). Muitas dessas "modalidades“ do circo surgiram a pouco tempo.
"O circo é patrimônio cultural da humanidade. Como a música, oferece um leque repleto de texturas, reflexo de cada cultura, e ao mesmo tempo de uma grande cultura em comum. O circo florescerá no século XXI, alcançará sua plenitude como arte cênica, e será graças ao alicerce instituído pelos predecessores.” (LEHN, 08)*.

E o capitalismo é um sistema econômico caractezido pela propriedade privada dos meios de produção e a existência de mercados livres, ou seja, todos os utensílios, ferramentas, matérias-primas e edificações utilizados na produção pertencem a alguns indivíduos (os capitalistas). Esse sistema econômico, está voltado para a fabricação de produtos comercializáveis, denominados mercadorias, com o objetivo de obter o lucro. Assim, o componente fundamental para o desenvolvimento desse sistema é o capital que é aplicado para a construção de empresas, criação e compra de máquinas, distribuição e venda das mercadorias, e a compra de mão de obra dos trabalhadores que se tornam compradores da mercadoria.

* Donald B. LEHN, mágico e malabarista; Diretor da Escola de Circo Carampa - Madri (Espanha). Retirado do livro Introdução à Pedagogia das Atividade Circenses de Marco Antonio Coelho Bortoleto.

Arte Circense - Capitalismo - Tecnologia - Mídia

Olá pessoal!
Já que sou integrante de um projeto de Arte Circense (Circo na Escola) e gosto de ler assuntos que tratem sobre o capitalismo e assuntos afins, resolvi criar esse blog para fazer um elo entre o capitalismo, a arte circense e a influência da mídia no processo de evolução dessa área. Ou seja, será tratado a questão da evolução tecnológica no mundo circense e o que a história, o mundo capitalista e até a mídia tem a ver com isso.


(foto de uma apresentação de circo contemporâneo)